sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Ventosaterapia

         Olá, tudo bom com vocês?
      Quem está acompanhando os jogos olímpicos deve ter visto as manchas circulares arrocheadas (hematomas) em alguns atletas e muitos ficaram curiosos, não é mesmo?
       A técnica já é usada há milhares de anos e vem da Medicina Tradicional Chinesa. Antigamente eram usados chifres de animais e bambus para se conseguir a pressão negativa necessária e estimular os pontos de tensão e os acupuntos também, entretanto com o passar do tempo novos tipos de mecanismos foram desenvolvidos para facilitar essa prática tão eficaz, como por exemplo as ventosas de vidro e de acrílico.
      Desde que me formei como Acupunturista, comecei a trabalhar com a ventosaterapia, porém devido aos hematomas poucos pacientes aderiram ao tratamento, mas depois desses jogos muitos já encaram com mais naturalidade.
      A foto abaixo é de um paciente que faz massagem relaxante de uma a duas vezes por semana, buscando uma melhora da tensão muscular e assim de sua qualidade de vida. Ele apresenta nódulos de tensão bem significativos os quais tenho conseguido reduzir com terapia manual e acupuntura. Ontem iniciamos a ventosaterapia em acupuntos (pontos de acupuntura) e também em pontos de tensão (como mostro na foto).




         A primeira imagem mostra as ventosas "em ação" e a segunda após a remoção das ventosas.

      O tratamento pode ser realizado por deslizamento - lembra aquele feito para o FEG (celulite) com o aparelho de Vacuoterapia que muitos chamam de endermo, massagem, repuxamento, flash ou ventosas estacionárias como na foto acima. Em ambas opções o objetivo é estimular o fluxo sanguíneo, o fluxo do Qi, promover uma espécie de desintoxicação no sangue.

"A sua aplicação produz um efeito térmico, de modo que a vasodilatação local feita pela ventosa provoca a circulação forçada do sangue e gera purga de gases do interior do corpo, alterando o pH do sangue (equilibrando-o) e o estado da pele para congestão sangüínea local como estimulo para os nervos se reequilibrarem ajudando o organismo a promover o metabolismo fisiológico, melhorando a nutrição da pele e do sangue em oxigênio,aumentando a resistência do corpo contra às doenças, de modo a alcançar fins terapêuticos. A pressão negativa imposta pelo copo de ventosa  consegue sugar os gases tóxicos." 

(XI Simpósio Brasileiro de Aperfeiçoamento em Acupuntura e Terapias Orientais EBRAMEC – CIEFATO Material elaborado pela Direção e Coordenação da EBRAMEC Direção Geral: Reginaldo de Carvalho Silva Filho Coordenação Geral: Eduardo Vicente Jofre  Secretaria Acadêmica: Raquel Medina)


      Podemos lançar mão desse recurso para tratar tosse, asma, bronquite, cefaléia, hepatite, diabetes, reumatismos, pressão alta, dor de estômago, problemas intestinais, enxaqueca, dores musculares, melhorar o rendimento nos treinos de musculação, crossfit, natação e outros esportes, tratamento da FEG (celulite), aderência cicatricial, cicatrizes atróficas, enfim, são diversos problemas e patologias que podemos tratar com a ventosaterapia, mas lembrando que na maioria desses citados acima temos que usar os pontos de acupuntura e para isso se faz necessário um profissional especializado para avaliar e selecionar os pontos de acordo com a patologia e o paciente.  
       Como toda técnica, essa também tem algumas contraindicações, como por exemplo, lesões cutâneas, pós-operatório recente, região das carótidas, região lombar em gestantes, úlceras, febre alta... entre outros casos.

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